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Dólar opera em queda, em dia de Ptax e de olho no exterior
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Publicado em 30/09/2016

Na véspera, moeda norte-americana subiu 1,05%, cotada a R$ 3,2555. 
Na semana, o dólar acumula alta de 0,26% e no mês, de 0,81%.

O dólar opera em queda nesta sexta-feira (30), influenciado pela disputa entre comprados e vendidos para a formação da Ptax de final de mês e de olho no leilão de linha que o Banco Central realiza no período da tarde.

Às 10h49, a moeda norte-americana caía 0,35%, vendida a R$ 3,244. Veja a cotação.

Acompanhe a cotação ao longo do dia:
Às 9h10, queda de 0,31%, a R$ 3,2454
Às 9h30, queda de 0,05%, a R$ 3,2537
Às 10h09, queda de 0,49%, a R$ 3,2393


Cenário interno
"A pressão dessa Ptax está baixista (a favor de quem aposta no recuo da moeda). Então os investidores vão trabalhar para minimizar ao máximo os prejuízos, já que a moeda estava com pressão compradora por causa da aversão ao risco desencadeada pelo Deutsche (Deutsche Bank, banco alemão)", disse à Reuters um profissional da mesa de câmbio de uma corretora nacional. "O vendidos estão rezando de joelhos para que o mercado não suba muito."

Outra pressão baixista da moeda vinha dos leilões de linha que o Banco Central fará na parte da tarde, com oferta de US$ 4 bilhões. Isso por causa do US$ 1,6 bilhão em dinheiro novo ofertados além dos US$ 2,4 bilhões para rolagem.

"Hoje é dia de briga da taxa Ptax, onde os vendidos parecem estar mais fortes e contam também com a ajuda do leilão de linha do Bacen e devem trabalhar por uma taxa mais baixa", comentou a Correparti em relatório a clientes.

Os vendidos reforçaram suas posições de recuo do dólar ante o real ao longo do mês em meio ao avanço das apostas de que é iminente um corte de juros pelo Banco Central brasileiro, sobretudo depois que o relatório trimestral de inflação trouxe projeções dentro da meta para o IPCA em 2017 e 2018. Daí a pressão baixista na Ptax desta sexta-feira.

As declarações do presidente Michel Temer na manhã desta sexta-feira também repercutiram no mercado de câmbio. "O mercado gosta quando fala sobre controle de gastos e sinaliza que as coisas estão sob controle", comentou um gestor de renda fixa de uma corretora nacional.

O presidente defendeu a aprovação da PEC do teto dos gastos e se disse confiante de que o texto passará pelo Congresso. Segundo ele, sem controle de gastos não há confiança que se traduza em investimentos e consumo.

Cenário externo
A moeda norte-americana sofreu ainda influência da aversão ao risco externa, onde o dólar subia ante outras divisas. A moeda chegou inclusive a avançar ante o real ainda na primeira hora de negócios.

Tudo por causa da notícia da quinta-feira de que fundos clientes estavam desmontando posições mantidas no Deutsche Bank, o que reforçou as preocupações sobre a saúde do banco.

presidente-executivo da instituição, John Cryan, tentou nesta sexta-feira tranquilizar sua equipe ao afirmar que o banco é sólido e tem mais de 20 milhões de clientes.

Os problemas no banco alemão foram desdencadeados por uma multa de até US$ 14 bilhões imposta pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos sobre negócios do banco com venda de títulos atrelados a hipotecas.

fonte:g1.com.br

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